“ATIRA PRIMEIRO E PERGUNTA DEPOIS…” (II)
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ERREI
Escrevi o “post” anterior (sobre o episódio em que policiais vitimaram o juiz e seus filhos) no dia 7. Afirmei ali que os policiais aprendem a realizar abordagens nas academias e escolas de polÃcia e que, portanto, a tragédia não decorria de mero despreparo, como era a conclusão da maioria das pessoas. Errei. Oriundo que sou da polÃcia, como poderia imaginar que os dois policiais, como alegam, jamais tivessem recebido instrução sobre como abordar veÃculos numa “blitzâ€? E que pelo menos um deles só tenha dois meses na polÃcia? Se forem verdadeiras essas alegações, trata-se de um fato extremamente grave.
Bem, os dois estão presos, sob a acusação de tentativa de homicÃdio. Lamentável, ademais da tragédia, é que só os da ponta da linha sejam responsabilizados. E a responsabilidade institucional? E a responsabilidade de quem decidiu que os dois PMs estavam “prontos†(devidamente formados e treinados para o serviço policial)? E a responsabilidade de quem planejou a operação? E o que vão dizer quando acontecer de novo?
A PolÃcia do Rio de Janeiro é uma das que mais mata no mundo.
Todavia, segundo pesquisas recentes, a polÃcia fluminense é que mais mata no Brasil (e no mundo), recordando que nos últimos 8 anos o estado era governado por aliados neolulistas (Rosinha Garotinho e depois Sérgio Cabral que foi reeleito), inclusive o modelo de UPP’s é defendido por Dilma e a polÃtica de segurança pública do estado do Rio de Janeiro é citada como exemplo de apoio do governo federal.
De acordo com a entidade de direitos humanos Human Rigths Watch, só em 2009 temos o seguinte quadro de assassinados pela polÃcia:
Rio de Janeiro: 1537
São Paulo: 597
Ãfrica do Sul: 568
Estados Unidos: 471
Papa Charlie e PAPA MIKE são vÃtimas tal qual suas presas que são abatidas todos os dias.
Praças, cabos, sargentos, investigadores e inspetores são meros fantoches da polÃtica de segregação indisfarçável do PODER CENTRAL, referendado por um PODER JUDICIÃRIO arcaico.
Os TIRAS foram presos, certamente expulsos tal qual PMS que lotam o BEP.
Os mandantes? Os Delegados? Os Coronéis? Ou o próprio sistema?
Esse é simplesmente só mais um caso nesse nosso pais afora. A diferença é que o Dr. Marcelo Alexandrino é um JUIZ. Agora, o “cidadão comum” todos os dias passa por humilhação, torturas, tapas no rosto, e ainda com as mentiras desses agentes públicos imbuÃdos de poder além do que lei lhes confere. É assim…
Nada vai mudar…
Cara Sra. Marta,
Escrevo esses “posts†porque acredito que as coisas podem mudar. Concordo com as suas afirmações. Aliás, estão mais ou menos na linha do que escrevi. A sua indignação pode também servir para que as coisas mudem.