EFEITOS DA “INTERNAÇÃO NA MARRA”
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“INTERNAÇÃO NA MARRA”.  O tÃtulo aparece na capa de O Dia de hoje, 20/02, referindo-se ao que o jornal chama de “guerra ao crackâ€, a qual consistiria nas ações de “acolhimento†e de “internação involuntária†de viciados.
Em texto publicado no blog no dia 24/01, adiante (DROGAS. “ACOLHIMENTO†EM SÃO PAULO E NO RIO), falei da armadilha em que o governador Alckmim se meteu, traÃdo por uma retórica supostamente humanitária. E temi que as autoridades do Rio caÃssem na mesma armadilha. CaÃram, e dela será difÃcil sair. Transcrevo, a propósito, pequeno trecho daquela postagem:Â
“Heureca! Bem, agora o governador se vê diante da obrigação de dar efetividade a um discurso com tintas humanitárias, usado com a clara intenção de justificar o recolhimento forçado dos viciados renitentes das cracolândias. Como os jornais de hoje divulgam, anuncia abordar o tema como questão social complexa, de saúde pública (e não policial), o que vai implicar dotar o Estado de São Paulo, e não somente a capital (e muito menos o centro), de clÃnicas de reabilitação, comunidades terapêuticas etc. para acolher, sem aspas, os usuários problemáticos de drogas psicoativas, ilegais ou legais. Afinal, é governador do Estado…â€
Tanto em São Paulo, estado e cidade, quanto no Rio, estado e cidade, tratar a questão como de saúde pública implica mudanças radicais e vultosos investimentos. Seria essa realmente a ideia? No discurso, sim; na prática, tudo indica que não.